sábado, 15 de janeiro de 2011

Um pouco de autocrítica.

É muita água, e pouca terra no que eu escrevo. Sempre nublado, dia cinzento, nunca ensolarado. Há muita tristeza, melancolia, cada palavra escrita é como uma ponta de faca.As músicas nunca fazem estalar os dedos, é sempre aquela mesma melodia, ficar deitado na cama, esperando que caia um riso de cima. Não cai. Só lágrimas. Vários travesseiros para suprir a necessidade de uma companhia, eu e eu mesmo. Sempre, sempre. Cadernos e mais cadernos feitos de diário, toda a derrota em mais de duzentas páginas. Há esperança demais no que eu escrevo, esperança que tento regar todos os dias, rotina. É, rotina. Como se os caminhos já estivessem traçados. Do trabalho para casa, da casa para o trabalho. Nunca uma surpresa, um desvio. Sempre os mesmos filmes. Os finais, meios e começos perfeitos. Cadê o meu momento de êxtase? Fiz muito pelos amigos, hoje não precisam da minha ajuda, se foram. Talvez eu precise escrever com outra vida, qualquer vida que não seja a minha.

4 comentários:

Anônimo disse...

Qualquer coisa... qualquer coisa mesmo. Mas não abale a esperança no pó. Assim como todas as linhas feitas e redigidas ela tem suportado junto. Ta-hi o motivo pra não se abalar tanto... somos muitos no mesmo caso... indo e vindo para as mesmas direções. Mas tudo muda... a vida muda... a gente muda... pra melhor... sempre!

Anônimo disse...

Desculpe.
Acho que eu não tenha um ápice especial nas palavras para juntá-las e construir algumas linhas que ajudem ou confortem algum tipo de tristeza interior e completamente pessoal.
Mas, lembre-se que sinto que você é muito especial e isso vale... mesmo que eu esteja no longe... apenas no imaginário.

Caio. disse...

Sinto o mesmo, é recíproco.

Luh disse...

João!
Tudo bom?
Fico um tempinho longe, e tu faz a festa com as postagens, hein?
Num dá pra comentar em todas hoje, mas...
Óh, mesmo que a gente "feche a porta com a cara sangrando" é muito bom te ler...palavras não comportam só carícias.


Beijo raro, e até mais ver ;*