quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Queimando fotos e cartas.

Sem fotos, sem cartas. As lembranças se diluem, evaporam ao percorrer a estrada. Tudo que podia ter sido feito, foi feito, e de forma contrária. Um não que não era esperado, um carinho não contemplado, palavras que se calaram. Eu tentei me perder, mas eu sabia onde eu estava todo o tempo. Queria te assustar, fazer você pensar que eu tinha matado os meus sentimentos, fazer você se sentir culpado pelo meu enclausuramento, porém, foi em vão. Você esnobava as minhas crises de choro, como quem ignora um convite de dança clássica, simples assim. Parecia se sentir feliz quando a frieza, que não era pouca, congelava todas as minhas ações, me paralisando sem uma chance sequer de me defender. Eu estava totalmente exposto, sem escudos ou armas bélicas, e você se aproveitava disso facilmente. Não, eu não posso satisfazer mais um desejo teu. Não, eu não posso me desvalorizar a ponto de deitar na mesma cama que você, a ponto de acreditar mais uma vez no que você vai me dizer quando seu rosto tocar o meu. Eu seria novamente um tolo, um ingênuo imaturo que caiu nas armadilhas de um amor inseguro. Posso andar com minhas próprias pernas, definitivamente eu não preciso de você para nada. Fique com as suas obras, rasgue todos os meus presentes, queime minhas cartas, esqueça daquela tarde na grama, esqueça de mim, melhor.. esqueça de nós mesmos.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Perdido.

Nada do que saía da sua boca era verdade, seus olhos não acompanhavam a sua boca, sua hesitação em cada meia palavra deixa transparecer o seu desespero, de fato eu iria ser deixado ali debaixo daquela chuva, que antes de mim já deveria saber o que iria acontecer. "Não tem nada a ver com você, sou eu." Porque essa frase sempre é usada ao invés do sincero e rápido "É, eu não amo mais você como antes." Diga o que tem de ser dito de uma vez só, sem deixar que sobrem esperanças para mais adiante, sem deixar que eu continue achando que ainda pode dar certo, faça com que não sobre nada além das memórias, já que elas não podem ser apagadas nem esquecidas, mesmo que passem mil anos. Lembranças essas que vão perdurar por muito tempo, bastante tempo. Duro, rápido, cruel. Eu não me contive, mas a chuva daquele dia fez com que minhas lágrimas passassem despercebidas. Eu não sabia se eu voltava para casa, e lembrava dos momentos que ali passamos juntos, ou se eu continuaria ali na rua, vagando sem destino, como alguém que perde o foco da vida, e pretende desistir de tudo. Foi como se me arrancassem o coração, cortassem lentamente a minha pele, a dor era tanta, que parecia mais uma doença. Eu apostei todas as minhas fichas na gente, arrisquei, lutei e sangrei. Dias depois, eu já não conseguia me ver amando alguém novamente. Era como se eu estivesse vivo de coração parado. Meus olhos fundos e negros, já não brilhavam sequer com a luz do sol. Minha vida parecia não ter mais sentido, logo eu, que sempre me mantive esperto para que ninguém se aproximasse, para que ninguém tivesse a chance de acabar com meus sonhos e me desviar dos meus objetivos. Quando percebemos, eles já foram levados por alguém que você supostamente acreditava conhecer. É, meu coração para por aqui. Portas trancadas. Chaves jogadas fora. Chega de confusões, chega de noites em claro, chega de decepções, chega de beijos apaixonados, chega. Isso não é uma decisão de idéias exatas, e sim uma, talvez breve, condição imposta por pessoas erradas.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Fidel[idade]

Há quem diga que jovem não é fiel, devido a sua idade imatura, a sua gana de aventura, de sempre querer aproveitar a vida, e assim nunca parar no colo de ninguém. Eu quis aproveitar minha juventude da "pior" maneira possível, tinha o intuito de ficar com diversas pessoas, e não me prender em ninguém tão cedo. Eu só não sabia que isso não fazia parte de mim.. nunca fez, e talvez nunca faça. É, ainda sou jovem, mas a minha maneira de aproveitar a vida é incomum. Pelo menos aos olhos de grande parte das pessoas da minha idade, que estão SEMPRE em festas, que estão SEMPRE bebendo, que estão SEMPRE saindo com qualquer pessoa sem compromisso. Eu poderia ser um desses, e até aceitaria, mas não sou. Não, não sou careta ao extremo. Não gosto SÓ de ficar em casa, não bebo só suco natural (apesar de ser melhor do que uma bebida alcoólica, em termos de saúde.). Já fiz dessas de curtir ao extremo, ficar com mais de uma pessoa em uma só noite sem compromisso, e etc. Serviu de experiência, de aprendizado, é uma história diferente a mais para contar depois, mas acabou por aí. Fidel[idade] não tem nada a ver com idade, e sim com quem você é realmente, independente de quantos anos você tenha. Não é porque estou na idade do "prenda-me se puder", que minha personalidade precisa condizer com isso. Não quero ser o diferente para tentar impressionar alguém, para mostrar que sou uma pessoa séria, meu diferencial vem de dentro, não é algo que eu possa mudar, transferir, cancelar ou trocar. Uma qualidade? Acho que sim, pelo menos eu considero uma. Já tentei seguir pelo caminho errado, por achar que o caminho certo não estava me levando a lugar algum, mas deve ser um pensamento incorreto. Provavelmente, o caminho incerto me levaria a uma pessoa incerta. O caminho que eu sigo ainda não me fez chegar a um lugar concreto, mas isso deve ser questão de tempo. O que eu quero dizer, é que eu não sou do tipo que fica por aí atrás de qualquer pessoa, só pra manter uma imagem de alguém que eu não sou para as outras pessoas, para elas não comentarem coisas como "faz tempo que ele não fica com alguém...", eu pouco me importo pra opinião alheia sobre minha situação sentimental, mas também não vou mentir, de fato, às vezes bate um vazio, como se algo que você quisesse tanto nunca fosse acontecer, como se aquilo não fosse pra você. Não era meu intuito fazer uma propaganda, mas de repente, as pessoas podem lhe ver de uma forma diferente da qual você realmente gostaria de ser visto. Olha aí, eu me preocupando com a opinião dos outros, rs. Quer dizer, não é a opinião dos outros que me importa, e sim a sua.



"Sessenta segundos, e eu posso te convencer."

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Eu não tenho medo.

Eu não tenho medo de me arriscar, de entrar a fundo no desconhecido, por medo de sair ferido. Eu não tenho medo de amar pessoas erradas, de cair em armadilhas que aparecerem em minha jornada, mas isso não quer dizer nada. Não ter medo, não é querer dizer que eu nunca senti calafrios. Meus medos sempre se tornavam menores, porque a vontade de arriscar predominava em cada nova tacada. Talvez por ter me permitido sentir diferentes sentimentos, experimentar diversas situações inusitadas, até um pouco embaraçosas às vezes, eu tenha aprendido muito em tão pouco tempo. Aprendi com erros, com os choros compulsivos depois de um dia mal sucedido. Aprendi a decifrar olhares, a prever acontecimentos, a escolher melhor a quem eu quero ter do meu lado. Aprendi que não devo tentar eliminar meus defeitos, a fim de agradar alguém que eu nem conheço, pois pra mim, gostar de alguém de verdade é conseguir "suportar", digamos assim, os defeitos de seu parceiro(a), e não fazer deles um impecílio para não tornar aquilo perfeito. Depois de ter aprendido bastante coisa, eu deixei de sentir medo. Não totalmente, eu ainda tenho medo de insetos, rs. Enfim, quero continuar errando e aprendendo com meus erros, sentir difrerentes sentimentos em suas mais variadas formas, seja ela de amizade ou não. Quero conhecer pessoas com conceitos diferentes, com uma vida diferente, uma jornada diferente, com um sonho contrário ao meu. Quero poder ensinar o pouco que eu sei, e aprender, seja lá de qual forma, o que eu ainda não sei. Quero poder mostrar que dezoito anos não são vinte, nem trinta anos, mas isso não quer dizer que eu não tenha nada a oferecer. Sem medo, me ofereça aquilo que você tem para dar. Dois mais um pode não ser quatro, mas a gente consegue dar um jeitinho de consertar.







Okay, não foi um dos melhores. ;/

Conte Comigo.

Você não precisa mais se acabar em bebidas para liberar suas mágoas, você tem a mim. Talvez eu não tenha as palavras perfeitas para te ajudar, talvez eu nem fale algo, mas eu estarei do seu lado, sempre que você precisar. Eu vou te apoiar em qualquer momento, em qualquer circunstância, de qualquer forma. Não vou te julgar quando cometer um erro, e sim enfrentar com você as consequências desse erro, seja ele qual for. Não adianta você me mandar embora, seus olhos vermelhos não me enganam, eu sei que você precisa de mim por perto. Não precisa se fazer de forte pra me impressionar, orgulho não vai te levar a lugar algum. Você tem meu ombro para se apoiar, minha mão para segurar, onde você for meu coração vai estar contigo. Eu não sei a importância que eu tenho na sua vida, mas eu poder fazer parte dela já faz de você alguém muito importante pra mim. Prometa que vai me procurar quando não houver uma solução para o seu problema, que você não vai preferir passar por algo sozinho, que você vai me ligar a qualquer hora, que você não vai deixar com que eu vá embora. Eu estou aqui.. sempre estarei. Conte comigo.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Não foi apenas um sonho.

Eu achei que quando acordasse, eu não iria sentir mais o seu perfume. Então eu permaneci quieto, e tentei não acordar, eu queria que aquele momento durasse o máximo possível. Eu nunca tinha gostado tanto de ouvir tudo sobre a vida de alguém, sempre inventava um outro assunto, achava intediante ficar ali ouvindo a outra pessoa contar tudo o que havia vivido. A verdade é que eu passaria horas e hora ali te ouvindo, sem te interromper, sem te atrapalhar, apenas contemplando, apenas admirando, apenas me deliciando com a tua voz, que me transmitia calma, conforto, em um momento em que eu achava que nada podia melhorar. Então você quis se despedir de mim, e eu te impedi. Você não iria voltar, você iria desaparecer entre os muros altos da rua e nunca mais iria me procurar. Você não tinha meu telefone, não sabia onde me encontrar. Há muitos nomes iguais ao seu por aí, eu não saberia como te achar. Pela primeira vez, eu não agi assim. Eu sabia dentro de mim, lá no fundo, que você iria voltar. Não era um adeus, era um até breve.. e foi mesmo. Não demorou muito, e você estava ali na minha frente. Eu sabia, era disso que eu falava. Era isso que eu pedia pra mim todas as noites antes de dormir, era de você que eu falava pros meus amigos, era você que estava predestinado a bater em minha porta. Eu realmente achei que fosse um sonho, mas não era. Era tão real que eu podia tocar, e eu me belisco até hoje toda vez que eu acordo, e me pergunto se é mesmo realidade ou se é um sonho duradouro que amanhã pode vir a acabar. Pelo sim, pelo não, a melhor coisa a se fazer é agarrar a chance que a vida me deu, de não me aborrecer mais com coisas tão banais.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Tão perto, tão longe.

Se passaram dias, meses.. não sei, já perdi a conta. Talvez esteja na hora de eu deixar de te esperar, talvez lá fora ainda há algo melhor para se aproveitar. É a segunda vez que vejo as folhas caindo, e eu ainda nem sai do lugar. Por mais que eu corra, que eu tente não enxergar, eu sinto falta daquilo que não vai voltar. Porque eu sei que já perdi, e eu nem tive a chance de fazer as coisas do meu jeito. Foi tudo tão depressa e lento ao mesmo tempo. Talvez não fosse pra mim, talvez eu tenha desistido rápido demais, mas agora tanto faz. O tempo já passou, nossos caminhos agora estão bastante distintos, e talvez eu nunca lhe veja novamente. Com o tempo eu vou aprender a lidar com essas lembranças, que são poucas mas que se tornaram de extrema importância. Eu fiz o suficiente, eu tentei mostrar que eu estava disposto a me sacrificar, mas de nada adiantou. Quem sabe eu nem tenha mostrado da maneira certa. Por fim, tão perto e tão longe, o meio termo se torna constante. E se eu puder sentir tudo isso por um outro alguém, eu me agradeço por não ter tentado impedir que você partisse daqui.