segunda-feira, 21 de março de 2011

Saber para onde ir.

Desde o começo da faculdade, me vi desmotivado para chegar até o final. Por vários momentos quando o professor perguntava: alguém aqui está cursando, apenas por cursar? Eu, mentalmente, me via com a mão levantada. Não via a hora disso terminar, e me empenhar em algum outro curso, até que comecei a me apegar a algumas matérias. Uma delas foi Marketing e Relações Humanas. A partir do apego, fui atrás do que fazer para me aperfeiçoar nessas áreas quando terminar o curso, e encontrei pós-graduação e tudo que você imaginar. Conhecimento não falta no mercado pra quem quer adquirir. O que falta? Interesse. E foi traçando objetivos futuros, que me vi interessado na faculdade que estou cursando. Quando comecei, era apenas por falta do que fazer, e mágoa por não ter estudado o suficiente para entrar na federal. Mas agora, vejo com outros olhos. Tenho um emprego, e com ele pago para adquirir conhecimento. Não sei, talvez eu mude meus planos futuramente, talvez eu me apaixone por contabilidade, ou mercado exterior. São opções que podem surgir no caminho que tracei, e enquanto estiver indo em direção aos meus anseios, poderei optar por acolhê-los em meu âmbito, ou descartá-los. O que importa agora é ter uma direção para seguir, um futuro para ser admirado e desejado de onde estou agora. Às vezes o que falta pra dar aquela acordada pra vida é tão simples, mas tão difícil de enxergar, que a gente acaba achando que tá longe e que não consegue alcançar.

sábado, 19 de março de 2011

Devaneios I

Mas quando eu o vejo nos braços do outro, só sinto uma vontade de arremessar esse vaso de samambaia bem longe. E quando perco oportunidades por causa da minha timidez exagerada, é minha cabeça que se encontra encharcada de sangue, ao entrar em choque com o espelho que fica logo ali no banheiro. E eu não sei o que fazer com essa grama morta, a do vizinho anda sempre mais verde do que a minha. Amigos... sinto falta do meu ensino médio e fundamental, onde havia companhia toda manhã, todo lanche, noite e dia. Hoje, se foram. Aquela de "quando acabar permanecemos juntos" é pura ficção. E eu ainda acreditei... até que se passaram alguns meses, e cada um tomou rumo de vida diferente, e eu acordei. A realidade não era tão clara quanto havia sido, a água tinha escurecido, e eu parecia ter mais tempo de vida. Aprendi a gastar esse tempo livre com meus amigos, com as tatuagens de caneta, com as cartas e bolas de papel, fotos tiradas de cima, ângulo clichê. O que fazer com esse tempo de sobra? Estava acostumado a gastá-lo com conversas que me fizeram ser quem sou hoje. Boas, ótimas conversas. Mas é essa a verdade de hoje... aqueles amigos não voltam mais, nunca, infelizmente. Não me queixo dos de hoje, se parecem mais comigo, fazem o meu tipo. Embora sejam tão ocupados sendo felizes. Isso, vou ocupar esse tempo livre sendo feliz. Como que eu faço? Já tomei a iniciativa, mas não entendo muito de felicidade. Não sou o que podemos chamar de "exemplo a ser seguido", embora quando estejam comigo eles dizem: contigo não tem tempo ruim. Ah, se eles soubessem como é a vida ao passar da porta do meu quarto, como é encharcado o travesseiro, e a vontade de morrer sempre ali... rondando pela janela, doidinha pra virar roteiro de filme baseado em fatos reais. Sei não, quando o vejo assim, feliz com outra pessoa, me vêm tantas dúvidas na cabeça, tantos erros que posso ter cometido, incertezas, e a unica saída é procurar um caminho menos dolorido. Que vida é essa que prega peças tortas todo santo dia?

quinta-feira, 17 de março de 2011

Carnaval e melancolia.

A semana passou arrastada. Enquanto estava de folga do trabalho, aproveitei pra repor o sono acumulado por conta do carnaval. Como se sono pudesse ser reposto, não é mesmo? E não, esse carnaval não foi bom. E não, não que eu ame carnaval, mas... sempre acabo indo, e quando chego lá, sempre acabo me divertindo e ouvindo aquelas músicas que só irei ouvir durante o carnaval. Voltando ao fato deste carnaval não ter sido bom, se deve mais ao fato de eu não estar me sentindo bem mesmo... acabei por ir a força, digamos assim. Força do costume. Não vou dizer que fiquei de cara amarrada, até porque não teria nada mais chato do que ficar na companhia de alguém de mal-humor "aparentemente" sem motivo nenhum. Mas nas duas noites que eu fui, assim que acabava ficava aquele gostinho ruim na garganta, como quando a gente se força a comer algo que não quer, e depois fica passando mal. "Eu já sabia, não devia ter comido". Mas acabou, graças a Deus acabou. Finalmente o ano começou. E continua da mesma forma que estava antes do carnaval, tudo péssimo. Tudo bem, soou um tanto exagerado. Mas é por aí mesmo... Outra coisa, não sei de onde está vindo tanto sono. Talvez tenha sido porque parei de malhar (é, tive que fazer isso devido um corte breve de gastos para quitar outros gastos, sabe como é) ou doença... preguiça? Não sei, só sei que nunca durmo o suficiente. Aliás, falando em academia, sinto bastante falta de malhar... mas não onde eu estava malhando, porque o lugar era bem complicado. Imagina você vivendo com um salário, e de uma hora pra outra, começa a receber menos e tendo que fazer uma mudança total nos gastos e modo de vida, pois é... saia de uma academia com qualidade e vá para uma inferior, é a mesma coisa. Senti a diferença, senti o rendimento caindo, o estresse (que não existia) aparecendo... e o que devia ser uma distração e have fun virou uma rotina chata e sem ganho algum. Daí, a decisão de parar de malhar, pagar todas as contas absurdas que eu fiz durante esses dois anos de emprego, e depois conseguir voltar a malhar onde eu havia começado. Quando você vê uma pessoa que não entende nada de empreendedorismo tentando tocar uma academia, dá nisso... mas quem liga? Eu ligo e eles deveriam, mas vou deixar pra lá... eles só vão se manter em pé por conta da boa localização e falta de concorrentes próximas, quem é que quer ter de pegar dois ônibus para chegar na academia, quando existe uma bem do lado da sua casa? Então, estou ocioso, tanto fisicamente quanto profissionalmente. Sabe o filme Tempos Modernos, do Charles Chaplin? Pois é, resume bem como é meu emprego atualmente. Daí você imagina fazer a mesma coisa há mais de dois anos... resultado: uma pessoa amarga. O problema é: como tratar de um calo que te dá novos sapatos? E a resposta é: mudança. A pergunta seguinte é: E a coragem?

Ai, tô batendo fora da água e sem forças pra voltar ao mar. Entende? Preciso de férias, preciso de uma paisagem diferente, assim como pessoas, gostos, hábitos...