Lá estava eu, sentado sozinho na praça. com uma das mãos ocupadas com um imenso algodão-doce, e a outra frenética estalando os dedos sem parar, e sem motivo nenhum aparente. até aí, nada de freak. De uma hora para outra, surgiram pessoas de todos os cantos, e de todas as nacionalidades possíveis. Todas conversando sobre algo que eu não consigo entender, aliás, eu era o único que não decodificava porra nenhuma. Parecia um casamento comunitário. As pessoas iam saindo com seus determinados parceiros e parceiras. E eu observava toda aquela cena estranha sem piscar. Alguém se aproximou, sentou ao meu lado, e o dia virou noite. Sim, de uma hora para outra, as luzes se acenderam, o sol morreu, e uma lua cheia e vermelha imensa apareceu lá no céu.
- Por que você segura esta faca na mão? Pretendes matar alguém? Perguntou o rapaz.
- Faca?! Que faca?
- Essa na sua mão direita.
-Ahhhh, não. Isso não é uma faca, é um algodão-doce.
- Bem... daqui me parece uma faca. E esse pó que sai entre os seus dedos?
- Estou tentando estalar os dedos, mas não consigo, acho que perdi a prática.
- Vem cá, eu te ensino.
Ele colocou um anel de "insira o metal de sua preferência" no meu dedo e perguntou se eu não queria casar com ele. Ainda disse que, eu não precisava ficar sozinho, que uma tv à cabo não leva ninguém a lugar nenhum, e que passar os dias lendo a constituição brasileira não iria me dar o direito da felicidade, não importava quantas vezes eu lesse o artigo quinto.
- O direito de você ser feliz está aqui comigo. Você quer?
De longe, a coisa mais bonita e estranha que já ouvi nesses vinte anos de vida.
- Não posso aceitar. Eu disse.
E em seguida acertei ele com o algodão doce.
Isso foi o que consegui me lembrar do sonho depois que acordei. Será que consigo voltar a dormir, sonhar tudo denovo e dar um novo rumo a história? Vou tentar.
Um comentário:
Bem que ele disse que aquilo na sua mão parecia uma faca... =x
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