sábado, 18 de setembro de 2010

Enquanto o amor não vêm.


Enquanto amor não vêm, eu vou dar uma fugidinha na madrugada para beber com alguns amigos, sem precisar avisar alguém, ou mandar um SMS fazendo um convite. Até ele chegar, eu vou aproveitar os meus domingos em casa, sem me preocupar em dar bom dia, boa tarde e boa noite. Desejar um ótimo dia, bons estudos, ou bom trabalho. Não há saudade, nem desejo de ficar perto. O risco de uma calamidade sentimental é quase zero, não há choro, raiva, brigas, nem fragéis despedidas. O dia dos namorados vai ser um dia como qualquer outro, e como sou esquecido, não terei que lembrar do aniversário de namoro, do dia que nos conhecemos, do primeiro beijo, nem nada parecido. Parece ser uma vida saudável, essa de alguém que ainda não achou o amor. Pois bem, as aparências enganam. Meu celular não toca. E as minhas mãos não tem a quem tocar. Estar acompanhado não é uma opção, as comédias românticas não surtem o efeito esperado, e os romances alagados de beijos e "eu te amo" só aguçam ainda mais a vontade de ter aquele alguém pra discutir os últimos acontecimentos do mundo, novas tendências ambientais, o gosto por leite, por café, o vício por mel, ou o desapego por dias quentes. Vou fazer o que, enquanto o amor não vêm, além de olhar pro céu?  Tenho quase certeza que as melhores coisas só chegam quando a gente já se cansou. Bem, eu cansei.

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