domingo, 17 de outubro de 2010

domingos e domingos.

         


          Domingo, o sol está lá fora, o céu bem azulzinho, parece um dia como os outros, mas não é. Domingos parecem que já surgem com uma sombra ruim. Deve ser porque a gente acorda, e pensa: É domingo, não há nada para fazer. Embora sempre tenham coisas para fazer. Os estabelecimentos estão abertos, há lugares para visitar, são as mesmas nuvens dos dias passados, então, por que essa tristeza? Essa melancolia? Durante a semana estamos muito atarefados para refletir, para pensar no quão ruim a nossa (a minha, no caso) vida anda. Estamos estudando, lendo livros sobre diversos assuntos, trabalhando, ocupando nosso tempo com coisas produtivas. Pronto, está aí a solução: ocupar domingos com coisas úteis. Parece ser fácil quando colocada assim, mas junto com os domingos vêm a preguiça, a vontade de não sair da cama. Se não há a obrigação de ir trabalhar, de ir pra faculdade, por que sair da cama? Hoje eu posso simplesmente ficar aqui, mofando, e deixar as outras pessoas lá fora, quem quiser que aproveite o seu domingo. Não, não gosto de ficar trancado dentro do meu quarto ouvindo músicas, que vão me deixar com vontade de não acordar amanhã, longe disso. Mas é o que eu acho que combine com domingos, com esses dias que não fazem a menor importância pra mim. São os cookies, as gorduras saturadas em excesso, o chocolate, os filmes franceses (que você assiste, mas às vezes nem entende, embora não assuma), e o celular desligado que combinam com dias assim, onde nada, nada faz sentido algum. Domingos são como areia nos olhos. E nem há graça em sair na rua, por que não aproveitar um dia, onde você pode imaginar o que quer e fingir ter a vida que gostaria? Nem me lembro que há casais vagando por aí, eu estou no meu quarto, só me depararei com isso se eu quiser. Já que meus olhos nada podem ver, meu coração logo, nada irá sentir. Bem, o brigadeiro com biscoitos está pronto. Telecine Cult na tv. Esse é o meu domingo, espero que não seja igual ao de vocês.

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