terça-feira, 14 de julho de 2009

o amor tá ali, a duas quadras daqui.

Ninguém não sabe o número total de folhas, que caem das árvores no outono. A dor de famílias que passam fome. A luta diária por um emprego qualquer. Ninguém sabe como, algumas pessoas que têm 1001 motivos para chorar, conseguem sorrir ao se levantar da cama de manhã. Algumas pessoas sabem o que é perder alguém importante. O motivo sendo morte, ou não. Muitas desconhecem o privilégio de uma vida com riquezas, um mundo recheado de bens materiais, e mesmo assim, se consideram pessoas felizes. Amam. Choram. Sentadas em suas pequenas camas, ora em pensões, ora em colchões velhos encontrados na rua. E não é mesmo que o dinheiro traz felicidade? Só esqueceram de especificar qual o tipo. Felicidade curta. Duas horas fazendo compras, gastando absurdamente, se auto presenteando, arrancando sorrisos satisfeitos de si mesmo. E depois, o que fica? Um bolso vazio. Algumas sacolas espalhadas pelo quarto. Por fora um exterior bonito, novo, bem vestido. Por dentro o mesmo oco de antes. Ninguém sabe a falta que faz um amor, até achar ele na esquina do prédio. na farmácia comprando os remédios. no cinema, vendo um filme bem chato. em uma batida de carros. na casa de um amigo. no pedido de uma ajuda. no "sim" para um chopp no final do dia. São tantas situações que chega a parecer fácil. Faz qualquer pessoa pensar que.. "ah, o amor se encontra em todo lugar." E encontraria mesmo, se ele não fugisse de nós sempre que sentisse nossa presença. Até que um dia, você o encurrala em uma rua sem saída... e sem saber, sem notar.. o amor fica frente a frente com você.

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