sexta-feira, 10 de julho de 2009

just a minute.

Não entendo o porque da euforia quando o telefone toca. Lá longe, mesmo distante da sala eu consigo chegar a tempo de atendê-lo, o tiro do gancho e o eco se estende. Ninguém fala. Mas há alguém do outro lado da linha. Esperando que eu diga algo. Embora, eu também não diga uma palavra. Estranho, mas completamente compreensível. Essa sua falta de coragem que angustia. Porque não chegar, sentar e me pedir desculpas pelo ocorrido? Não te garanto que haverá perdão, mesmo que você chore e eu veja a sinceridade estampada em seus olhos. Ainda é cedo, ainda não digeri tudo. Há uma parte que ainda queima no meu estômago, que luta para continuar vivo. Juro para você que eu estou tentando fazê-la morrer. Tenha um pouco de paciência, mais dia menos dia, serei capaz de dizer que tudo não passou de uma ferida, que agora cicatriza. Não tão rápido quanto eu gostaria, não tão depressa quanto você espera, mas que está chegando à cura, quase completa. Você merece outra chance, e é nela que deposito todo o resto das minhas esperanças. Só espero que dessa vez, tudo não vira ruína, e eu tenha que novamente demolir novas fantasias.

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