terça-feira, 3 de agosto de 2010

você tem horas?

Perguntar se eu tinha horas, foi só uma desculpinha qualquer pra trocar duas palavras comigo. O sorriso dizendo obrigado, entregou tudo. Tenho quase certeza que ele estava afim de ficar ali falando comigo, a tarde inteira. Mas, deveria ter algum compromisso muito importante. Levar a mãe no médico, a irmã no ginecologista, o cachorro para passear. Qualquer coisa parecida. Ele não se importou muito em ir sem perguntar meu nome, afinal, frequentamos o mesmo lugar, quase no mesmo horário. Vai ser difícil ficarmos tanto tempo sem nos vermos. Assim espero. Na outra oportunidade, ele vai vir de mansinho, meio tímido, perguntar as horas mais uma vez, eu vou dizer que esqueci meu celular em casa, meu relógio na cabeceira da cama, puxar um, dois assuntos. Acho que vai fazer frio, não? Convidar para um chocolate quente, e se o dia esquentar, um ice-chocottino-duplo-super-chantilly pra viagem, bem grande, dois canudos em copo único. Que filme será que ele prefere? Por via das dúvidas, vou deixar aquele romance bem doce de um lado, e o de serial killer do outro. Será que ele vai perguntar as horas de novo? Os horários vão coincidir? Ele vai estar de bom-humor? Será que ele está mesmo afim de mim? É ele meu futuro namorado. Ele? Sim, tenho certeza. Vai com calma. Eu estou indo, não vê que eu ainda nem fui vasculhar o facebook atrás dele? Tô calminho.

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