quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

D de depressão.

E não, não estou falando daquela forma de revelo aplainado. Faz tempo que eu não sinto fome, eu me alimento porque me forçam, por mim a comida poderia evaporar, quem sabe eu não morreria logo de fome? As luzes por mais iluminadas que pareçam, já não trazem mais aquela claridade que eu tanto apreciava. Os meus projetos, agora inacabados, estão jogados no canto do quarto, e até o momento, não há a miníma chance de eu retomá-los. Os dias se tornaram repetitivos, a rotina de hoje se tornou a mesma de ontem, e concerteza tudo vai se repetir amanhã. Acordar, tomar café, deitar na cama, ver filmes, comer alguma coisa, e dormir. O fim do mundo está próximo, por mim ele poderia se acabar em fogo hoje mesmo. É tanta dor, que minhas lágrimas secaram. Eu não vejo uma jeito, uma forma, de isso tudo ficar menos pior. Ninguém para me estender a mão, todos já desistiram do fraco e do inútil que eu sou. A cada dia que passa, a vontade de acordar se torna menor, minha auto-estima agora resolveu dormir num sono profundo e não quer mais acordar. Onde estão os meus dias de sol? Queria poder me sentir bem denovo, queria poder soltar aquelas gargalhadas altas, queria retomar os meus sonhos, esquecer desses problemas, esquecer de tudo. Não dá mais pra continuar, eu não tenho forças, eu não tenho coragem, eu não tenho vontade, eu não tenho nada. Meus amigos sumiram, minha família acha que os remédios estão fazendo o efeito desejado. O que eu sinto é sentimental, e nenhum medicamento pode reverter esse quadro. É, cheguei no meu limite. Você vai manter a sua decisão, é um direito seu. A última esperança se acabou, talvez eu viva, mesmo não querendo viver.


Ps: Esse texto não é sobre mim.

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