sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
Feliz, obrigado. Mais por favor?
Alice saiu para encontrar Sam no café, determinada em fazer com que o rapaz parasse de lhe mandar flores, chocolates, ou qualquer coisa que continuasse alimentando um amor que ela não poderia corresponder. Por volta das cinco horas da tarde, ela chegou e o encontrou na mesa, aparentemente tranquilo e calmo.
- Que bom que você chegou Alice, eu já estava ficando com fome...
- Me atrasei muito?
- Não... [olhou no relógio] Você chegou bem na hora.
- Ótimo.
Entre goles de café e pedaços de bolo de morango, eles conversavam, sobre o trabalho, a doença de Alice, até que Sam a interrompeu para perguntar qual vinho ela preferia.
- Então, vinho tinto ou branco?
- Sam... nós temos que conversar.
- Tinto?
- Sam, é sério!
- Se você vai vir com aquela de o problema não é você, sou eu... eu me recuso a ouvir, ok? Então, você vai querer vinho tinto ou branco?
- Eu não sou a garota certa pra você. Olha, eu te acho uma pessoa muito bacana só que
- Feche os olhos.
- Como?
- Por favor? Faz isso por mim.
Alice então fez o que lhe foi pedido, e ficou de olhos fechados, enquanto Sam começava a falar sobre seus sentimentos por ela.
- Você merece o melhor. Eu não entendo porque você acha que sua vida precisa ser miserável, que você não precisa ser amada por alguém, acredite... eu posso lhe dar o que você precisa. Se você deixar, eu posso te amar da forma que você quer, e te tratar bem, não só hoje, ou amanhã, todos os dias em que permanecemos juntos. Por favor, permita que eu goste de você, é só isso que você precisa fazer. Abra seu coração pra mim.
Lentamente a moça foi abrindo os olhos e... de uma forma incrivelmente estranha o rapaz havia mudado.
__
Foi isso que aconteceu, ele me mandou fechar os olhos e quando abri... cada pedaço do seu rosto havia se juntado, e eu nunca... nunca tinha visto alguém tão lindo na minha vida. E você sabe como o Sam não é tão bonito. Eu fui lá determinada a fazer com que ele me esquecesse, e olha no que deu. Então, é esse o conselho que eu te dou: você está pronto para viver um livro inteiro, permita que as outras pessoas te amem, você merece isso tanto quanto eu.
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
E aí, vamos nos encontrar?
Nós temos um tanto em comum, né? Você gosta de escrever como eu, e quase sempre sobre o mesmo assunto. Mas musicalmente falando, somos tão diferentes. E eu vou querer transar ouvindo aquela estilo musical que não te agrada, vai gerar discussão... falta de apetite sexual. Quando chegar o final de semana, você não vai estar disposto a ver um filme comigo, vai pegar o carro da sua mãe e chamar os amigos para irem para a boate com você. De que valerá a pena? Não vai dar certo. De fato, você é agulha no plalheiro, mas eu preciso mais que um achado mirabolante, inusitado. Por que eu sou assim? Por que eu simplesmente não transo sem perguntar o nome, e depois peço em namoro? Por que é tão importante pra mim seguir estes passos atrasados? Conhecer, ficar, iniciar um namoro e só então consumar tudo em noite fria. Queria simplesmente ser mais acessível, extrovertido, de fácil convivência e afável. Mas eu tenho algo para cuidar, não posso simplesmente sair por aí sorrindo, abrindo a guarda. Nunca se sabe... e eu bem entendo de sofrimento, de estar disponível para pessoas erradas, entrar de cabeça em mares de água clara e segura, quando na verdade há pedras por todos os cantos. Eu entendo disso, e não posso colocar minha resistência e coração em risco de novo.
- Mas e aí, vamos nos encontrar?
Eu não sei não, você não vê que eu complico tudo? Eu sempre acho um caminho para não arriscar. Você sabe onde eu moro, onde eu estudo, trabalho, vai ser mais fácil se você topar comigo na saída de qualquer um desses lugares, mas nos encontrar não... não quero nada marcado, planejado, contado no ponteiro do relógio. É assim que eu quero que a gente comece, se você ainda estiver disponível depois de saber disso... bem... você sabe o que fazer.
- Mas e aí, vamos nos encontrar?
Eu não sei não, você não vê que eu complico tudo? Eu sempre acho um caminho para não arriscar. Você sabe onde eu moro, onde eu estudo, trabalho, vai ser mais fácil se você topar comigo na saída de qualquer um desses lugares, mas nos encontrar não... não quero nada marcado, planejado, contado no ponteiro do relógio. É assim que eu quero que a gente comece, se você ainda estiver disponível depois de saber disso... bem... você sabe o que fazer.
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
quem sabe?
Quem sabe você não vai ser aquele a segurar minha mão. aquele que vai me acordar de madrugada porque teve um pesadelo. aquele que vai chegar atrasado na hora do almoço, se desculpando, explicando os motivos, reunião de urgência na empresa. Quem sabe não é dessa vez que alguém me tira do escuro. me leva pra conhecer lugares novos. paisagens novas. um mundo diferente de mãos dadas cidade à fora. Quem sabe, finalmente, eu vou poder colocar em prática todo o romantismo guardado. o afago nos cabelos. as discussões idiotas. companhia para tudo, compras e velórios. Quem sabe não é você, aquele que vai me fazer mudar de opinião. gostar de coisas que eu nunca tive interesse. me mostrar um caminho diferente. visões diferentes. melhorias, dentro e casca. Então, finalmente, vou surpreender meus amigos no cinema, levando uma companhia. Sem ser parentes, ou casos de um dia e meio. Quem sabe, depois de tanta tempestade, não vai simplesmente nascer um sol lindo lá fora e fazer as coisas acontecerem? Só há um jeito de tirar essas dúvidas.
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