segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

foi-se o encanto

depois de tudo que aconteceu. e o tudo não parece muito para uma vida de dezenove anos, mas eu sinto que vivi muita coisa depressa demais, algo parecido com um flash. por hora, foi-se o encanto. ninguém consegue ser surpreendemente. é como se todos os rostos, por mais diferentes que sejam, viessem tudo de uma mesma fórmula. e cá entre nós, uma fórmula muito sem graça. não sei se eu ainda não estou preparado para viver um relacionamento sério, apesar de querer. ando muito exigente, meio carente. é uma penca de sentimentos. de pensamentos. que chegar a algum lugar tá cada vez mais difícil. disseram que eu devia esquecer e tocar a minha vida. disseram que eu devia mudar de estado, quem sabe de país. disseram que eu devia viver, e é isso que eu vou fazer.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

felicidade editada

Qual das estradas eu tenho que escolher para, finalmente, te encontrar? Tantas pessoas já me disseram adeus, e outras tantas vezes eu preferi ficar sozinho por medo de errar, medo de estar fazendo uma escolha falsa, e traçar um destino em preto e branco. É você que apareceu do nada a pessoa certa? Ou será que eu deveria esperar o convite ser aceito? Provavelmente, você não deixará um castelo construído para pular nessa 'aventura' sem contrato, bens, ou qualquer coisa do tipo. Quando eu digo que está difícil de se encantar, e que talvez eu possa ferir alguém sem vontade própria, todos correm. Ninguém está disposto a lutar contra si mesmo, já que eu não me disponho a tentar. Eu não sei o que vai acontecer quando a gente se encontrar. Se vai dar certo, se durará meses, dias, anos, horas. Eu quero é encontrar alguém que queira descobrir o que será de nós dois juntos. Eu só preciso achar uma pessoa, que me faça encostar a cabeça no travesseiro antes de dormir, e pensar 'dessa vez eu quero tentar, de verdade'. Geralmente, quando ocorre de minha vida estar ruim... recorro as fotos. aos filmes. edito minha vida em papel. num albúm qualquer. com alguém que não sei quem. e me imagino feliz, nem que seja apenas em uma edição de mentira. nem que seja apenas por alguns segundos.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010


sou ridículo porque troquei os sapatos na hora de sair. cheguei na festa causando tumulto. muitos burburinhos no canto da sala. e para piorar, apenas um dos pés vestia a meia correta. não lembro no que pensava na hora de se vestir. mas eu tomei um banho muito bem tomado, isso eu sei. quando cumprimentei alice, ela elogiou o meu perfume, mas não passou disso. deu uma leve olhada para minhas roupas, e perguntou onde eu estava com cabeça quando saí de casa. só me preocupei em tomar um bom banho e não esquecer o perfume, respondi. com o decorrer da festa, já não me olhavam mais como antes. minha simpatia chamava atenção, causava aglomeração. sou do tipo que ri bem alto, riso que ecoa. não quero saber de perder horas escolhendo uma roupa para fazer bem perante à sociedade. eu quero me divertir. com sapatos errados ou não. com o cabelo penteado ou desarrumado. calça devidamente abotoada. e se eu esquecer o zíper aberto qualquer dia, que eu esteja ao menos com uma cueca bonita.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

vai entender o porque desse ódio que te consome, pouco a pouco, a cada nuvem que passa. perdi meu tempo te contando histórias da minha vida, às vezes realidade, às vezes pura ficção. menti para não te ferir desnecessariamente. deixei de conversar com estranhos, para que você deixasse de confiscar o meu celular enquanto eu dormia. voltei diversas vezes em casa, só para ver se o gato não havia fugido denovo. perdi meu emprego. uma, duas vezes. e mesmo quando não havia motivos aparentes, você dizia que já era hora de sair. que precisava de um tempo. de ar. e eu nunca entendi, quando foi que passei a te sufocar. se na verdade, todo o oxigênio que me era destinado, eu fazia questão de te dar. agora mudei a rotina de minha vida, para tentar me ajeitar entre as suas escolhas. e ainda assim, não é suficiente. nunca é. se for para viver nessa loucura de amor esquisito. prefiro voltar para o meu quarto, rabiscar as folhas de algum caderno, e desenhar um amor mais bonito.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Como você definiria?

Como você definiria alguém que não tem vocação para ser michê, mas que também não serve para ser príncipe encantado? Como entender alguém que reza para achar o amor, e quando o encontra, dobra a primeira esquina que vê e sai em disparada? É medo de amar? É medo de fracassar? É medo de se entregar? É medo de não conseguir se encantar? É tudo tão confuso. Quem tá por dentro da história, não sabe como continuar andando, imagina quem está de fora? A sensação de talvez estar jogando a felicidade no lixo, me preocupa. Quantas chances eu tenho antes de morrer? Quantas pessoas eu ainda vou conhecer? Terei tempo suficiente? Ou estou destinado a não amar ninguém?